quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

office livre

A Apache Software Foundation anunciou recentemente o lançamento de uma nova versão do OpenOffice, no início de 2012.

O OpenOffice foi doado pela Oracle à Apache Foundation em meados de 2011. Mas ao que parece o projeto é mantido em suas própria páginas, não aparecendo na lista de projetos da Apache.

Desde a compra da Sun Microsystems pela Oracle o OpenOffice ficou meio que congelado. Uma política rígida de avaliação dos patches e inovações atrasava sua implementação e a comunidade sentiu que era necessária uma ação mais decisiva. Assim, foi criada a The Document Foundation e através dela o Libre Office.

Atualmente, grandes distribuições  como Ubuntu, entre outras, incorporam o Libre Office como suíte de escritório padrão.

O Libre Office já está tirando do forno sua versão 3.5; sua estabilidade e confiabilidade dão segurança aos usuários  e através dele podemos criar documentos de qualidade, compatíveis com padrões abertos ou proprietários.

Já devo ter escrito aqui ou em outro blog sobre o Star Office, precursor do Open e do Libre Office. Conheci o Star Office como opção livre e gratuita quando ainda usava Windows 98. Como meu acesso à internet na época - 1999, era por linha discada, baixar o aplicativo não era uma opção. Comprei diretamente da Sun o CD com versões para Windows e Linux. A Sun cobrava apenas pela mídia, já que o software era gratuito. Incluindo os preços em dólares da mídia, do frete aéreo e da taxa de desembaraço que me foi cobrada na alfândega, o custo final não chegou a um quarto do preço de um MSOffice da época. Como versões novas do Open ou Libre Office podem ser baixadas sem custo, enquanto novos MSOffices continuam a custar os olhos da cara, foi uma boa aquisição. O CD foi muito útil, pois logo comecei a tomar contato com o Linux - via Mandrake 5.1, e depois tornei o desktop do pinguim meu sistema preferido. Já na versão 5.2 do Star Office notei uma qualidade excelente e uma versatilidade enorme no Writer. O Draw me ajudou muito na criação de desenhos para apostilas (incluindo esquemas elétricos que eu criava na unha, a partir de linhas, retângulos etc.). Tornei-me um adepto do Star Office, recomendando-o sempre que instalava aplicativos de escritório em máquinas de amigos. Era uma opção livre, de qualidade e - principalmente, evitava os problemas comuns aos aplicativos pirateados tão usados por aqui.

Espero sinceramente que o Open Office volte a se desenvolver em um ritmo adequado aos nossos tempos e que esse desenvolvimento nos ajude a ter duas suítes livres e com a excelência de sempre.

Obs: a figura acima foi criada no Inkscape, com fonte ADF Oldania, da Arkandis.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

usando ubuntu

(Acima um Screenshot do Tech Drive-In)

Ubuntu é uma das distribuições GNU/Linux mais utilizadas atualmente. Novos usuários estão constantemente em busca de ajuda nos fóruns e listas de discussão pela rede afora. Para nós que já temos alguma experiência com a distribuição, alguns cuidados importantes são aconselháveis ao prestar ajuda aos novos adeptos do Ubuntu e do GNU/Linux em geral.

Procure a solução mais simples (in other word: KISS).

Pessoas que estão instalando pela primeira vez uma distribução GNU/Linux encontram dificuldades que vão desde a formatação do disco até a instalação de pacotes de idioma. Por outro lado, distribuições como o Ubuntu, Mandriva ou Fedora dispõem de instaladores eficientes e bastante completos. Uma instalação padrão fornece um ambiente completo para produção de textos e o básico das ferramentas de desenho, visualização e manipulação de imagens, músicas e vídeos. Ainda assim, algumas questões surgem quando as pessoas desviam-se do caminho comum ou tentam coisas novas além da instalação básica. Nesses casos, aqueles que se prontificam a ajudar um iniciante devem ter muito cuidado ao fazê-lo.

Um caso concreto: membro da comunidade gubro - grupo de usuários do BrOffice pergunta como instalar pacotes de idioma, já que por uma opção meio fora do padrão esse usuário instalou o Ubuntu 11.10 em inglês.

Qual a solução mais simples para esse caso?

Temos que nos basear na estrutura do sistema e seu conjunto de programas e daí obter uma solução coerente, simples e que o usuário possa utilizar sem que novas questões surjam. Uma instalação Ubuntu contém um conjunto de programas e configurações interligadas de tal modo que é desaconselhável remover qualquer um desses pacotes. Então, trataremos de completar a configuração do idioma, sem remover programas.

Para manter nossa solução simples, vamos sugerir poucos passos e que sejam fáceis de executar por um iniciante.

No Ubuntu 10.10 o gerenciador de pacotes Synaptic não é instalado por padrão. Espera-se que a Central de Programas do Ubuntu dê conta de programas novos e pacotes para configurações extras. Entretanto, a partir da Central de Programas é possível instalar o Synaptic e então utilizá-lo para instalar pacotes adicionais.

Usar a Central de Programas é bem fácil e lá encontramos um campo para pesquisa. Digitamos "synaptic" nesse campo e a busca nos mostra o programa. É só clicar em "Instalar" e aguardar um pouco.

Uma característica um tanto ruim do Ubuntu 10.10 é que programas recém-instalados não aparecem de pronto nos Menus e isso nos obriga a reiniciar o sistema para usar esses programas. Após reiniciar a máquina, vamos abrir os aplicativos (clique no ícone do Ubuntu no alto da barra lateral) e depois expandir o menu de aplicações e clicar em "Sistema". Procuramos o Gerenciador de Pacotes Synaptic e o abrimos.

No synaptic, procuramos pelos pacotes de idiomas (para português do Brasil, busque por l10n-pt-br) e clicamos duas vezes sobre os pacotes escolhidos e depois em "Aplicar".
Outra opção é procurar por um aplicativo chamado "Suporte a Idiomas". Estou escrevendo esse post em um note com o Ubuntu 10.04 e aqui ele aparece no Menu de Sistema e Administração. Vou ver mais tarde onde aparece no 11.10 ou se aparece lá.

Confundindo o iniciante.

Uma atitude a ser evitada sempre que possível é a tentação de instruir o iniciante a entrar em um terminal e digitar uma série enorme de comandos, usando apt ou baixando pacotes de fontes diferentes dos repositórios do Ubuntu. Tudo que um iniciante não quer é descobrir que o sistema novo é complicado e difícil de configurar. Então, guardemos nosso conhecimento avançado para situações que envolvam usuários avançados.

Por quê não deu certo?

A maneira mais adequada de instalar o Ubuntu é a partir de uma sessão live. Ou seja, iniciamos o Ubuntu a partir de um CD ou DVD. Assim, podemos escolher a língua (português do Brasil no nosso caso), clicar em "Experimentar o Ubuntu", aguardar uma carga meio lenta do sistema e acessar a internet antes de iniciar a instalação. Com a sessão live em português, o instalador escolherá esse idioma como padrão para a instalação. O acesso à internet permitirá ao instalador baixar os pacotes de idioma e instalá-los durante o processo.

Para evitar sustos, instale sob a opção "Usar o disco inteiro". Isso serve para um disco inteiro ou para uma partição em um disco onde pretendemos instalar o GNU/Linux em dual boot. É difícil abandonar velhos hábitos de uma hora para outra.

Mais tarde, quando começar a se sentir mais seguro no ambiente GNU/Linux, será possível partir para um esquema de particionamento mais avançado do disco. Gosto, por exemplo, de manter uma partição /home separada, onde meus documentos, imagens e configurações em geral serão mantidos quando atualizar a versão do sistema na partição raiz (/).

No mais, espero voltar a postar mais amiúde, pois é uma atividade saudável para a mente de um aposentado que sempre gostou de aprender e principalmente de ensinar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

mundando de rumo


Nesse ano em que não tenho postado aqui, muita coisa aconteceu no mundo Linux. O Ubuntu Linux adotou definitivamente uma nova interface gráfica: Unity. Outras distros optaram pelo Gnome 3. Foi lançado o Kernel 3 do Linux e usar esse nosso sistema ficou ainda mais interessante.
Andei dando uma olhada no Fedora 15 que traz o Gnome 3 como interface e gostei do aspecto gráfico do novo Gnome. Falta fazer uma instalação e testar no uso cotidiano. Difere muito pouco do Unity apresentado pelo Ubuntu 11.10 e parece com as interfaces dos tablets tão em moda.

Neste mês de dezembro devo encerrar minha atividade de ensino e vou tentar me dedicar mais ao Linux, (Br) LibreOffice e outras coisas ligadas ao Software Livre.

O pessoal do Libre Office está testando duas versões de um Forum para as discussões atualmente feitas através do grupo de usuários - gubro. Espero que o Forum funcione o mais breve possível, pois acompanhar as mensagens do gubro através de email é trabalhoso; são dezenas de emails por semana.
Se quiser dar uma passada há duas versões em teste. Para ver clique em phpBB ou em JForum.