segunda-feira, 22 de novembro de 2010

barras laterais



Colocando as Barras de Ferramentas na lateral.

Quando usamos monitores widescreen – e a maioria dos monitores atuais tem a tela larga, as barras de ferramentas colocadas na parte superior do aplicativo, abaixo da Barra de Menus, ocupam espaço que poderia ser mais útil mostrando a área de texto. No caso de planilhas, se essas barras não estivessem ali, a quantidade de células mostradas seria maior, facilitando a visualização do conteúdo da planilha enquanto a preenchemos.

As barras de ferramentas podem ser arrastadas para a esquerda da tela e aí ancoradas. No caso do arquivo na figura acima, podemos ver as barras Padrão e de Desenho à esquerda da janela do Writer. Para arrastar as barras, clique sobre a alça existente na extremidade esquerda da barra - são os ícones com três tracinhos dentro do círculo na figura abaixo - e arraste. É possível arrastar para ali também a Barra de Formatação, mas ela passaria a mostrar ícones no lugar de campos tais como nome e tamanho da fonte, obrigando a abrir uma caixa de diálogo a partir desses ícones para ter acesso às configurações (nomes de fontes, por exemplo).



Nosso exemplo mostra a página do arquivo com zoom de 100%, sobrando espaço lateral e mostrando um número de linhas bem maior do que conseguiríamos com as barras na horizontal, acima e abaixo do texto.

No Writer, as réguas superior e lateral têm função bastante limitada. São ótimas quando estamos desenhando (com o Draw ou com o Impress), pois possibilitam calcular com bastante aproximação o tamanho real dos objetos ao serem impressos. Assim, será mais um espaço útil se não as usarmos no Writer.

A ideia de mudar essas barras de lugar me ocorreu ao experimentar o Lotus Symphony, onde algumas barras são laterais por default.

No Impress, ao editar uma apresentação, já temos várias opções de formatação e personalização dos slides mostradas no lado direito da área do aplicativo, além da barra lateral esquerda onde aparecem as miniaturas dos slides.

Não considero os netbooks bons para uso em escritório. Com suas telas mínimas, suas melhores características são o peso bem menor que o de um notebook e suas dimensões pequenas o suficiente para serem escondidos em qualquer divisória da mochila. Assim, a colocação de barras de ferramentas na lateral da área do aplicativo ajuda um bocado quando temos que editar arquivos de texto e planilhas nessas maquininhas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

atalhos no Google Chrome

Tenho instalada em todas as minhas máquinas a versão para Linux do Google Chrome - ou Chromium como é chamada no mundo do pinguim. Como todo navegador moderno é leve e roda bem enquanto não o sobrecarregamos com extensões, temas, plugins e outros penduricalhos.
Uma característica marcante no Chrome é sua interface limpa, sem barras de ferramentas e de menus que ocupam espaço às vezes escasso. Nas telas de netbooks, por exemplo, isso é uma vantagem. Apenas um ícone (a chave de boca) ao lado da barra de endereços abre as ferramentas e opções.
Ainda há pouco, eu precisei imprimir e salvar um comprovante no Chromium. Olhei direto para a parte onde costumam ficar as barras de menus e não tinha nada. Lembrei então do velho Ctrl+P e a impressão estava resolvida. Na hora de salvar, por que não Ctrl+S? E lá estava a janela para escolher um nome adequado para o arquivo e a pasta onde salvá-lo.
Claro que esses atalhos devem funcionar em todos os navegadores decentes, mas o costume do mouse faz com que percamos o hábito de usar atalhos de teclado, economizando assim tempo e movimentos. Atalhos de teclado são mais saudáveis para nossos pulsos e tendões que o mouse, com certeza.
Há uma página de Ajuda do Google Chrome, em português do Brasil, onde encontramos um link para os atalhos de teclado e mouse. Vale a pena colocar essa ajuda nos favoritos e consultá-la de vez em quando.

Algumas coisas não funcionam muito bem no editor de posts do Blogger, mas isso fica para mais tarde.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

netbook o novo brinquedo

Já estava cansado de carregar uma mochila pesada demais para minha vetusta coluna. Além de um multímetro, duas caixas plásticas (dessas chamadas organizadores) com componentes eletrônicos diversos, dois ou três livros, algumas ferramentas, protoboard e - algumas vezes - cópias xerox de exercícios, tinha que enfiar na mochila um notebook de uns três quilogramas. Lembro um dia em que uma gentil senhorita ofereceu-se para segurar minha mochila no ônibus. Disse a ela que não precisava - muito obrigado. Quando deu lugar ao lado dela, sentei e lhe pedi que tentasse soerguer a mochila. Ela sentiu então quanto estava pesada. Eu apenas ri e comentei que ela iria se arrepender do seu oferecimento se eu tivesse deitado a mochila no seu colo.
Bem. Por essa e outras, acabo de adquirir um netbook. Trata-se de um Philco com processador Atom N450, chipset e gráficos Intel, 2GB de RAM, HD de 250GB e o Linux Mandriva 2009.1 a bordo.

Tive algumas experiências com a dupla Mandrake e Conectiva, antes e depois da fusão dessas duas softhouses. Umas excelentes e outras um tanto decepcionantes. Até hoje sinto um carinho especial pelo Mandrake 7.2, a primeira distribuição Linux que instalei ainda no meu velho AMD K6-II com 350MHz de clock. Durante quase um ano usei o Mandrake Community 10.1, primeiro em inglês e depois em português e foi uma das distribuições que mais me deu prazer em ser usuário de Linux. Adquiri duas versões do Conectiva Linux. O Conectiva 8 foi uma experiência muito boa, mas o Conectiva 10 mostrou-me uma face da relação da Conectiva com os clientes que me deixou, digamos, um tanto chateado (para ser delicado com eles...). Na minha máquina, àquela época um Athlon 1.1 em placa Asus A7V133C, o driver de rede - fealnx, se não me engano - que funcionava muito bem com o Conectiva 8, deixou de funcionar e nada consegui do suporte da Conectiva além de alguma enrolação e depois de passado o período de suporte gratuito teria que pagar para ter meu problema - talvez - resolvido. Ainda hoje, o suporte da Mandriva - na minha opinião - é fraco. Ficamos dependendo do Forum Mandriva onde usuários dedicados procuram ajudar os mais novos a resolver problemas que eles conhecem ou já conseguiram resolver. Se é para ter suporte de uma comunidade, não precisa ser Mandriva; basta ser uma distribuição decente com o núcleo do sistema e o KDE atualizáveis.
Quando liguei o netbook tive um problema com a conexão wireless que custou muito a funcionar com minha rede doméstica. Só conectou quando entrei na configuração do sistema e depois de testar várias opções de cliente dhcp.
Está funcionando, acessando a internet automaticamente - que é a principal finalidade da maquininha - faltando apenas tirar uma dúvida sobre a resolução de tela.

Um ponto para o Mandriva: após configurar as mídias de atualização, o gerenciador mostrou uns 120 pacotes com atualizações disponíveis. Após baixar e instalar todas elas, o brinquedinho está rodando bem e espero usar por um bom tempo essa distribuição, pois gosto de KDE e não vejo um bom de verdade desde o 3.5.9.

Estou gostando do brinquedo: leve, rodando Linux e bem acabado. A bateria tem a duração igual à de um notebook, mas não chega a ser problema. Muito bom para usar profissionalmente, pois o que não falta em Linux é aquele programa que você precisa para seu trabalho.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ubuntu maverick


Instalei no desktop o Ubuntu 10.10, apelidado Maverick Meerkat (ou Suricato Inconformado*). A versão para amd64 não é recomendada, mas prefiro usá-la a instalar uma versão 32-bit.

Até agora tive apenas um pequeno problema com as atualizações. Parece que há um erro no apt-get daemon que faz travar o gerenciador de atualizações. aparece a mensagem waiting for apt-get exit e trava.

Encontrei a solução no Forum do Ubuntu: rode de um terminal o comando apt-get upgrade, espere pela instalação das atualizações e o problema deverá estar resolvido. No meu caso funcionou.

* maverick vem do nome de um rancheiro do Texas que não costumava marcar seu gado. Virou denominação do gado sem marca que podia ser apropriado colocando-lhe marca própria.
A tradução inconformado vem do Oxford para Estudantes brasileiros.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

oito erros fatais em linux

Evite oito erros fatais.
Publicado em: ( http://sites.google.com/site/easylinuxtipsproject/fatalmistakes )
Traduzido pelo dono deste blog.

Este será um longo post. Mas acredito que vale a pena ler até o fim, pois são dicas importantes para melhorar a segurança do seu sistema e seus conhecimentos em Linux. Eu mesmo aprendi algumas coisas novas com estas dicas.

Há oito erros que você vai querer definitivamente evitar, pelo bem da saúde do seu sistema operacional. Porque eles podem ser fatais.
Como todos os avisos em geral, estes são especialmente importantes para os iniciantes em Linux. Usuários experientes não vão se meter em problemas com facilidade, mesmo na zona de perigo; e eles podem resolver seus próprios problemas.

Estável, confiável e... seguro.

As melhores características de um sistema operacional, do ponto de vista do iniciante, são: segurança, estabilidade e confiabilidade. A segurança de um sistema pode ser avaliada por sua capacidade de evitar sua invasão e a instalação de vírus, programas espiões e outros tipos de malware. A estabilidade é a capacidade de um sistema se manter em funcionamento sem travamentos. Existe uma diferença entre o travamento do sistema e o de um programa. Versões de programa que não estejam completamente desenvolvidas – versões 'beta', por exemplo – podem apresentar travamentos, sem afetar o sistema operacional. Basta fechar a aplicação travada (no Linux isso é fácil de fazer com o comando kill) e o sistema volta ao normal. Confiabilidade é uma combinação de segurança, estabilidade e um conjunto de programas testados e comprovadamente prontos para o uso diário.

No caso do Ubuntu Linux, as versões lançadas a cada seis meses – em abril e outubro de cada ano – são exaustivamente testadas e verificadas para confirmar sua estabilidade, antes do lançamento.

Nunca use scripts de instalação tais como Ultamatix, Ubuntu Tweak, Ubuntu Sources List ou Ubuntuzilla.

1. Scripts instaladores de terceiros são todos perigosos; alguns são extremamente arriscados, outros um pouco menos. Mas você faria melhor evitando a todos. Abaixo, descreveremos os scripts perigosos mais comuns.

Nível extremo de perigo (alerta vermelho!): Ultamatix.

Ultamatix é o pior do grupo. Irá danificar seu sistema de maneira irreparável.
Ultamatix instala todos os tipos de versões instáveis de aplicativos (nightly builds, a grosso modo: variantes de um programa criadas às pressas). Além disso, usa permissões forçadas: --assume-yes e –force-yes são muito perigosas. O desenvolvedor diz que as usa porque “ele não quer incomodar os usuários com todas essas questões”.
Basta uma dependência(1) errada, uma aplicação com bug(2) ou qualquer outra falha e seu sistema pode estar danificado além da possibilidade de reparo.
Se você já usou esse script, uma reinstalação do Ubuntu a partir do zero é a única solução. Formatando previamente a partição raiz, é claro.
Além do mais, o Ultamatix é essencialmente supérfluo: tudo o que ele faz, você pode fazer também do modo oficial e seguro, bastando apenas um pequeno esforço extra.

Alto nível de perigo (alerta laranja): Ubuntu Tweak e Ubuntu Source List Generator.

Ubuntu Tweak e Ubuntu Sources List Generator são muito perigosos. Não os use! Com eles, você pode adicionar ao seu sistema vários PPA's(3) e software de terceiros, sem que fique claro de onde vem tudo isso e sem que se peça uma chave de verificação.
Você pode instalar toda sorte de software e pacotes sem verificação ou teste de qualidade e sem saber se eles são apropriados para sua versão do Ubuntu, nem o que eles farão ao seu sistema. Muito arriscado mesmo. Fique longe deles.

Elevado nível de risco (alerta amarelo): Ubuntuzilla.

O Ubuntuzilla é mais limitado em seu escopo e não oferece risco de segurança. Mas é melhor evitá-lo também. Pode causar mau funcionamento do Firefox, pois a versão do Firefox usada com Ubuntuzilla é “software original upstream(4)” que não é completamente adaptado e testado para sua versão do Ubuntu.
Usando o Ubuntuzilla você contorna todo o sistema de ajuste e teste de qualidade que os desenvolvedores do Ubuntu usam para o Firefox. Isso põe em perigo a estabilidade e confiabilidade do Firefox.

Não habilite os repositórios de software 'proposed' e 'backports'.

2. Não habilite esses repositórios, a não ser que você seja um testador e não dê importância a um sistema estável.

Em Sistema → Administração → Gerenciador de Pacotes Synaptic → Configurações → Repositórios, na aba Atualizações (veja figura abaixo), as fontes lucid-proposed e lucid-backports(5) não são habilitadas por default. No Ubuntu 10.10 serão denominadas maverick-proposed e maverick-backports.



Não os habilite!

A – a fonte proposed é a mais perigosa, pois contém software instável e com bugs ainda não testado e melhorado o suficiente.

B – a fonte backports oferece menos risco, pois contém software que é estável em si. Mas esse software não foi testado para sua versão do Ubuntu e portanto diminuirá a estabilidade do sistema.

Quando você habilita essas fontes, o sistema acaba mostrando instabilidade, mais cedo ou mais tarde, sendo o risco especialmente alto com software do repositório proposed. A única solução, então, é uma reinstalação do Ubuntu a partir do zero. Formatando previamente a partição raiz.

Nunca remova um aplicativo que faça parte da instalação original do Ubuntu.

3. Mesmo que você nunca use um aplicativo que foi instalado com o Ubuntu original, não o remova do sistema. Razão: a instalação padrão do Ubuntu é um sistema interdependente (Já leu sobre as dependências??) com arquivos de suporte compartilhados, o que faz o sistema rodar com estabilidade.
Ao remover uma aplicação original do sistema, você corre sério risco de danificá-lo. Com alguns aplicativos o risco é maior do que com outros, mas o melhor é evitar o risco de todo.
Se quiser, remova do Menu o aplicativo sem uso, mas não o remova do sistema. Essa limitação aplica-se somente aos programas da instalação original do Ubuntu. Os programas que você mesmo instalou podem ser removidos sem problemas.

Nunca use aplicativos de limpeza do sistema tais como o Mantenedor do Sistema, apesar desse aplicativo ser instalado por default no Ubuntu.

4. Com aplicativos de limpeza do sistema, você destrói com facilidade mais do que gostaria. Não se pode confiar nesses programas, pois removem arquivos de mais e danificam o sistema.
Além disso, são quase inúteis. O Linux raramente experimenta alguma poluição. Então a limpeza é supérflua. É correr um risco muito alto para ganhar no máximo uns duzentos megabytes de espaço no disco.

Tenha muito cuidado ao adicionar PPAs à sua lista de repositórios.

5. O software contido em um PPA não é testado na sua versão do Ubuntu e pode diminuir a estabilidade e a confiabilidade do sistema. Além do mais, você fica dependendo do proprietário do PPA, frequentemente uma única pessoa, que não é verificada. Portanto só use um PPA quando realmente (realmente!) não tiver uma alternativa aceitável.

Tenha muito cuidado com arquivos .deb.

6. Arquivos com a extensão .deb são instaladores separados, assim como os .exe para Windows. É possível baixar arquivos .deb de alguns sites. Quando se dá um duplo clique sobre um desses arquivos eles pedem uma senha e se instalam no sistema.
Apenas instale aqueles arquivos .deb em que confie plenamente. Quando estiver inseguro sobre um arquivo .deb, não o instale! Esses arquivos não são testados nem verificados e podem causar danos ao seu sistema. Podem conter malware, como programas espiões e outros.
Isso acontece no mundo real. Pelo menos um caso é conhecido do autor desse artigo. Em 2009 um malware (contendo um trojan) foi detectado em um arquivo .deb que estava disponível no visitadíssimo site do gnome-look.org(5).

Tenha cuidados normais com os repositórios Partner e Independent.

7. Não é realmente um caso fatal, mas merece alguma atenção.
Em Sistema → Administração → Gerenciador de Pacotes Synaptic → Configurações → Repositórios – aba Outro software, você pode habilitar o Ubuntu lucid-partner que não vem habilitado por default. No Ubuntu 10.10 há dois repositórios: Canonical Partners e Independent. Isso dá acesso a certos softwares de companhias (os partners = sócios) que tenham entrado em acordo com a Canonical.
Até aí tudo bem. Mas os repositórios podem oferecer algum risco de segurança, uma vez que não seguem as atualizações adequadamente. Suas atualizações vêm dos desenvolvedores das companhias associadas e das independentes e não da Canonical. Esta só faz o empacotamento para aqueles. As companhias associadas nem sempre dão a devida atenção às atualizações com relação a segurança. Isso será, com toda probabilidade, verdadeiro também para as independentes (10.10).
Por exemplo: no passado, o repositório partner continha uma versão insegura e desatualizada do Adobe Flash Player (enquanto o repositório regular Multiverse continha a versão segura sob outro nome!). O mesmo ocorre com certas versões localizadas do Adobe Reader que é um alvo constantemente visado por malware.
Assim é melhor usar esses repositórios com cuidado. Não tenha demasiada confiança nos arquivos que instalar a partir deles.

Add-ons do Firefox.

Não confie neles cegamente.
8. Add-ons(6) do Firefox com malware: já aconteceu, apesar dos esforços para verificação do Mozilla. Não os use sem alguma desconfiança.
Não instale muitos deles; quanto mais add-ons você instalar, mais lento ficará o Firefox. Além disso, eles podem causar mau funcionamento uns aos outros e ao Firefox.

O que fazer, então?

Se você usa Linux há pouco tempo, procure se familiarizar com o instalador de programas da sua distribução. No caso desse artigo, falamos de Ubuntu Linux e a maneira correta de instalar programas nessa distribuição é o uso do Gerenciador de Programas Synaptic.
Em Sistema → Administração → Gerenciador de Pacotes Synaptic você tem uma opção para pesquisar por programas. Há uma pequena dificuldade nessa pesquisa, pois você pode ter que saber o nome original do programa. Mas existe uma solução mais prática para isso.
Central de Programas do Ubuntu.
Em Aplicativos → Central de Programas do Ubuntu, os programas disponíveis na versão instalada são listados em grupos. Os programas já instalados aparecem com um emblema verde sobre seus ícones, conforme podemos ver na figura abaixo.


No exemplo acima, o visualizador de imagens gThumb está marcado com o emblema verde de instalado. Uso esse programa para recortar e redimensionar imagens, como essa do exemplo foi recortada de uma captura de tela.
Desde aplicativos para manipulação de imagens, passando por gerenciadores de tarefas, editores avançados e fontes extras, até simples jogos em modo gráfico, é possível localizar com facilidade um programa para a tarefa desejada. Tenho instalado alguns programas a partir da Central e funcionam corretamente.
Seja qual for o programa a instalar, a melhor fonte são os recursos do próprio Ubuntu. Lembre-se que programas baixados de qualquer site de download podem ser piratas perigosos e conter código mal intencionado. Aliás, é assim que os usuários do outro sistema infectam suas máquinas e tornam suas próprias vidas digitais mais difíceis e perigosas.


Notas:
(1)uma dependência ocorre quando a instalação de um pacote em Linux não encontra um ou mais pacotes necessários à sua instalação correta. Os scripts de instalação bem feitos devem prever todas as dependências e os meios para sua correção ou a instalação deve ser interrompida até que as dependências sejam satisfeitas.
(2)bugs são erros não detectados no código de um programa. Significa aproximadamente besouro, pequeno inseto, em referência aos defeitos encontrados nos primeiros computadores, geralmente causados por insetos mortos, causando curtos-circuitos entre componentes eletrônicos e assim provocando erros na execução dos programas.
(3)PPAs são Arquivos de Pacotes Pessoais. Um PPA para Ubuntu é criado e publicado em um repositório no Launchpad a partir de código-fonte fornecido por um colaborador ou usuário.
(4)Definição do gnome-dictionary: upstream adj. [comum] Na direção do autor original ou mantenedor de um projeto. Usado em relação a um software que é distribuído tanto em sua forma original quanto em versões derivadas ou adaptadas de uma distribuição (tal como as distribuições Linux derivadas do Debian ou um dos derivados do BSD) que têm mantenedores de componentes para cada uma de suas partes. Quando um mantenedor de um componente recebe um relatório de bug ou uma correção (patch), ele pode escolher entre retê-lo como um simples ajuste da distribuição derivada do projeto ou passá-lo para a cadeia acima, o mantenedor do projeto. O antônimo downstream é raro.
(5)O gnome-look.org é um site especializado em 'perfumarias' para a interface gráfica Gnome, tais como papéis de parede, temas etc. Trojans são programas espiões que se instalam no sistema para enviar informações do proprietário e podem se propagar por e-mail para listas que encontrar no sistema.
(6)Add-ons são acessórios para realizar tarefas tais como baixar vídeos, localizar imagens em páginas etc. Outros acessórios são os temas e – mais recentemente – as Personas. Já tive problemas com temas que não funcionam corretamente e personas que fazem os botões do Firefox funcionar de modo estranho. Geralmente uso apenas o Download Helper e um ou outro tema opcional. Atualmente, não tenho nenhum add-on instalado no Firefox e, sinceramente, não me fazem falta.

domingo, 1 de agosto de 2010

broffice em revista


Baixei a Revista BrOffice.org número 13, de julho de 2010. Trata-se de uma revista ainda digital, já que através de uma pesquisa no site o pessoal do BrOffoce.org está criando um cadastro prévio de possíveis assinantes para edições impressas. Já preenchi a pesquisa e sou candidato a assinante. Acho melhor ter o material impresso para qualquer consulta rápida e a revista vem sempre cheia de novidades e dicas sobre os aplicativos da suite.
No número 13, a estrela é o BrOffice.org Draw, ferramenta de desenho. Logo de cara, ficamos sabendo algo sobre a diagramação da própria revista, feita sempre nesse aplicativo. Aprendemos ainda a criar um slide mestre no qual podem ser inseridas informações comuns a todas as páginas – endereço da revista, data da edição – e um campo atualizável: o número da página.


Ainda não li todo o exemplar e aí está a vantagem do material impresso. Com a revista impressa em mãos, poderia ler mesmo com o computador desligado e ainda considero livros e revistas impressas mais adequados a uma leitura confortável. Sem falar que estes têm margens para anotações...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

ubuntu em revista

A Linux New Media, editora das revistas Linux Magazine e Easy Linux no Brasil, lançou a Edição Ubuntu User Especial 01 sobre o lançamento do Ubuntu 10.04. A revista vem com DVD, instruções para instalação, diversos artigos sobre a nova versão e dicas de Linux. Você pode ainda experimentar o Ubuntu no modo live, rodando o sistema a partir do DVD sem instalar.
Antes que o caro leitor - ou a caríssima leitora -, ache o preço da revista muito alto, pense que vem com ela um sistema operacional seguro, estável e pronto para usar em poucos minutos. A instalação completa leva menos de quarenta minutos e não precisa reiniciar para começar a usar o sistema.
A opção de comprar pela internet me pareceu mais rápida do que procurar pela revista nas bancas, a não ser que você more perto do centro da cidade, ou vá lá sempre. Nas bancas do subúrbio, infelizmente, as revistas de Linux são raras. Nas grandes bancas de shoppings e supermercados talvez se possa encontrar a revista.

Quando meu exemplar chegar, escreverei mais sobre isso aqui.

baixando o Ubuntu

Uma opção mais barata, porém um pouco mais trabalhosa, é baixar o Ubuntu 10.04 (clique para acessar o site) diretamente do Ubuntu-BR.
Grave a imagem do CD, abra o Ubuntu no modo live, acesse a internet e faça a instalação. É aconselhável estar conectado durante a instalação com CD para que os pacotes de língua portuguesa sejam baixados e instalados com o sistema.

Ainda não sei se a versão em DVD instala os pacotes de língua portuguesa sem estar conectado à internet, mas vou testar isso em breve e postar aqui.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

fontes na fonte

Ainda sobre as fontes no Linux, depois do post anterior, dei uma olhada na Central de Programas do Ubuntu (Aplicativos --> Central de Programas do Ubuntu --> Fontes) para ver como o aplicativo lida com as fontes. A lista de fontes é bem abrangente e inclui um conjunto licenciado sob a GPL License oriundo da ADF - Arkandis Digital Foundry. Nas páginas da Arkandis encontramos um conjunto de fontes agrupadas sob a sigla ADF que podem ser vistas em pequenos arquivos PDF, gerados em Scribus1. O texto da página - em francês - serve para nos dar uma impressão geral da fonte em uma aplicação prática e bem feita.



Quando usamos a Central de Programas do Ubuntu, devemos verificar se um programa na lista já está ou não instalado no sistema. Na versão que uso com Ubuntu 10.04, mostrada na imagem acima, aparece um emblema verde com uma marca de seleção sobre o ícone à esquerda do nome do aplicativo.
Na imagem abaixo, mostramos um trecho de lista onde o GIMP está marcado como instalado e os ícones dos demais programas não têm o emblema verde.



Isto evita que tentemos instalar um aplicativo ou pacote que já está no sistema. Não creio que isso crie algum problema, mas é melhor não tentar.

1 - Scribus é um editor profissional de páginas para o KDE. Permite a criação de cartazes, apresentações, jornais etc. com excelentes recursos gráficos. Como não existe substituto para Scribus no Gnome, para sua instalação vamos ter que baixar 14MB e instalar uns 40MB depois de descompactados. Mas acho que vale a pena se você quer criar documentos com jeito profissional.

terça-feira, 20 de julho de 2010

fontes para linux



No último fim de semana, lembrei de repente de um site que visitei certa vez e de onde podemos baixar fontes sem qualquer custo. Agora, pesquisando no todo poderoso, encontrei o Free Fonts que não parece aquele visitado há tempos, mas tem fontes variadas e serve ao propósito de obter modelos diferentes e interessantes.

Ontem de manhã, quando me dispunha a procurar por um site de onde pudesse baixar algumas fontes graficamente diferentes do comum serif-san serif, lembrei-me antes de verificar se isso podia ser feito pelo próprio Ubuntu, através do Synaptic.

Baixar pacotes pelo Synaptic e instalar novas fontes poderia ser vantajoso, pois a configuração das fontes, sua gravação nos diretórios apropriados e inserção na lista de fontes utilizáveis pelos programas locais seriam feitas de modo automático, pelo próprio Synaptic.

Abri o Gerenciador de Pacotes (Synaptic) e coloquei 'font' no campo de busca. Apareceu então uma lista de pacotes que se referem a fontes. Percorri a lista marcando para instalação os pacotes que me pareceram conter fontes. Alguns são para uso com LaTex, outros para uso geral e deixei de marcar os programas para edição, que não é ainda o meu caso. Quero novas fontes apenas para usar e não para me tornar um craque em criá-las ou editá-las.

A figura no início deste post mostra a janela do Synaptic no início da operação, contendo apenas os primeiros resultados da busca. Rolando a lista para baixo encontram-se inúmeros pacotes que contêm fontes. Esqueça aquelas destinadas a línguas tais como chinês, coreano e tailandês que não teriam a princípio qualquer utilidade prática.

Como não pesquisei antes sobre que tipo de fontes baixar, fui marcando meio no chute e acabei por baixar mais de 200MB em pacotes, que instalados ocuparam mais de 500MB de espaço em disco. Cerca de uma hora e meia de espera até a configuração final.

Mas valeu a pena. Um recorte do OpenOffice mostra abaixo um lista de fontes no final da letra A e começo da B (são listadas em ordem alfabética, é claro). Estou usando uma fonte chamada Atavyros para escrever o rascunho deste post e acho que vou usá-la em alguns projetos futuros.



Ainda não instalei o Lyx, editor de texto baseado em LaTex, neste notebook, mas devo fazê-lo em breve. Para alguns trabalhos, o Lyx é mais profissional e tem recursos de tipografia um pouco mais avançados que o OpenOffice. Mas o Lyx pode ser assunto para outro post.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

personalizando

O Blogger acaba de lançar um Editor de Modelos. Excelente ideia! Já fiz umas mexidas nesse blog e o resultado me parece muito bom.

A Internet é um vasto campo de experimentação para o design gráfico. Recursos como Javascript, CSS, e outros, fornecem quase infinitas combinações de cores, tons e imagens para criar páginas com um arrumação (chamem também de layout) eficiente, uma aparência atraente e agradável ao olhar. Nas mãos - ou digamos, ao alcance dos cérebros - de pessoas criativas, esses recursos podem ser explorados ao extremo.

A Internet tem algo parecido com a culinária. Há o costume de dizer que começamos a comer com os olhos. A Internet tem como objetivo, antes de tudo, encher nossos olhos.

Se o conteúdo for bom, melhor envolvê-lo em uma embalagem adequada.

terça-feira, 6 de julho de 2010

openoffice no metro sp

Dia desses procurava por um meio de editar expressões lógicas, como as usadas em Álgebra de Boole e a dificuldade é sempre grande quando precisamos colocar uma barra horizontal sobre uma variável (a variável com a barra tem seu valor invertido) e já usei alguns artifícios demorados e complicados para conseguir essa barra.

Lembrei então de um método com o qual esbarrei há alguns anos de que lembro vagamente. Como de vez em quando formato a máquina e acabo perdendo algumas referências, links de favoritos por exemplo, fiz uma pesquisa no Google e antes daquele que procurava veio um resultado interessante. Um link para um tutorial do OpenOffice Fórmula (ou Math) onde os autores nos ensinam a colocar essa barra e é muito simples. A expressão da figura abaixo foi obtida no BrOffice, inserindo uma fórmula (Menu: Inserir - Objeto - Fórmula) digitando na área de edição das fórmulas o código: S = A + overline{(A + B)}.


Experimente abrir os parênteses antes de overline e fechá-los após o último colchete.

Outros tutoriais para OpenOffice.org e BrOffice podem ser baixados na página de downloads do Metrô SP. Ali também aprendemos que a empresa começou a usar software livre nos tempos do Star Office, em 1999. Aliás, nessa mesma época comprei o CD do Star Office 5.2 da Sun Microsystems para usar no Windows 98 e depois no Mandrake Linux 7.2. A Sun cobrava apenas a mídia, já que o software é gratuito. Ficou mais barato e seguro importar o CD - que guardo até hoje com muito carinho - do que baixar o software via linha discada que usava na época.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

show de slides no wallpaper

Um papel de parede pode ser inspirador, como outros recursos usados na área de trabalho. Dia desses, descobri um programinha - na verdade um script criado pelos Unixmen, que faz de um conjunto de papéis de parede um show de slides. O pacote vem compactado, mas sua instalação é fácil. Para baixar o pacote clique aqui. Copiei e traduzi a descrição de como instalar o Wallpaper do site Unixmen, onde está em inglês.

Antes de instalar o programa, selecione, baixe ou crie os papéis de parede que deseja usar em seu slideshow e coloque-os em uma pasta.

Para usar o Wallpaper Slideshow :

1- Baixe Wallpaper Slideshow

2- Extraia 'wallpaper' do arquivo .tar.gz (Extraí o arquivo na pasta Desktop e sempre que vou mudar meus papéis de parede - que são calendários do mês em curso - fica mais fácil abri-lo da área de trabalho).

3- Dê um duplo clique sobre ele e clique em Run, na caixa de diálogo que aparecerá.



4- Clique no botão 'Select' e escolha a pasta onde estão as imagens que você deseja usar como papéis de parede.



4) Ajuste o tempo de exibição de cada imagem e o tempo de transição entre imagens para os valores que desejar (eu uso 15 minutos para cada imagem).

5) Clique 'OK'

Meus sinceros agradecimentos aos Unixmen por seu utilíssimo tutorial / My sincere thanks to Unixmen for this very useful tutorial.

ponteiros do mouse

Um dos itens mais importantes na aparência de um sistema operacional é o ponteiro do mouse. É para ele que olhamos a maior parte do tempo enquanto clicamos, marcamos, redimensionamos, minimizamos abrimos ou fechamos as janelas dos aplicativos.
No Gnome, as opções de ponteiros para o mouse sempre foram poucas, devido à filosofia do menos é mais, da qual já falei nesse blog.
Agora, uma mudança sutil, mas que considero importante, está tomando rumo no Gnome. As perfumarias estão cada vez mais disponíveis nos repositórios do Ubuntu.
Já na versão 9.10 atualizada que venho usando no desktop, foi possível baixar e instalar através do Synaptic os ícones Oxygen, antes disponíveis apenas no KDE. Junto com eles, instalei os temas e cursores - incluindo os coloridos. Como usei por muito tempo o KDE, desde o Mandrake, passando por Kurumin e mais recentemente o Mandriva, gosto de usar ponteiros coloridos e poder variar os temas e ícones do sistema. Uma interface gráfica de cores e temas cambiantes é mais inspiradora.
Os pacotes que possibilitam a instalação do conjunto completo com ícones, temas e ponteiros são:

oxygen-icon-theme-complete
oxygen- cursor-theme
oxygen-icon-them
oxygen-cursor-theme-extra


A versão da maioria é igual à do KDE 4.4.2.

Um pequeno problema: no Ubuntu 9.10 atualizado, tenho a impressão de que há alguma inconsistência na adaptação dos temas ao Gnome. Quando fiz a configuração para usar o cursor na cor oxy-emerald, o cursor só aparecia no espaço interno das janelas abertas. Quando era movido para as barras e bordas das janelas, voltava a ser branco como o cursor comum do Gnome. Deixei para pesquisar isso mais tarde e desliguei a máquina. Quando voltei a ligar, aconteceu algo inusitado: o cursor é de uma cor quando está na janela e onde antes era branco passou a ser oxy-black, ou seja, no tema Oxygen, mas de cor diferente da que escolhi. No Ubuntu 10.4, isso não ocorre e o cursor mantém a cor escolhida em qualquer espaço e janela em operação.

A configuração do espaço de trabalho pode ser feita com um clique direito do mouse na área de trabalho e escolhendo 'Alterar plano de fundo'. Clique em Tema e depois em Personalizar. Escolha Ícones ou Cursor e apenas clique sobre os escolhidos e já muda a configuração. Fácil, não?

terça-feira, 8 de junho de 2010

ainda linux

Publicado em 26 de março, no Depois Eu Penso.

Depois de alguns meses usando o Mandriva Linux 2010, voltei ao Ubuntu. Na verdade essa mudança tem mais a ver com a interface gráfica do que com a própria distribuição. Mandriva é KDE por default. Ubuntu é Gnome.

Em algum lugar - por certo em um artigo ou livro do mestre Morimoto, existe uma descrição bem simples das diferentes filosofias dessas GUIs1.

Para o grupo do KDE, mais é mais. Isto quer dizer que o usuário pode e deve ter acesso a inúmeras opções para personalizar do seu desktop. Na versão 4.3, atualizada no Mandriva 2010, o uso de widgets2 ou plasmoides3 é bastante útil na configuração pessoal da interface.
Depois de um começo tumultuado, o KDE 4 passou por uma fase difícil (tanto para seus desenvolvedores quanto para seus usuários), já se mostrou bastante estável e completo na versão 4.3 e teve sua versão 4.4.1 lançada no início desse mês. Nessa versão já está disponível o Plasma Desktop. Trata-se de uma espécie de GUI baseada em plasmoides. O Plasma é uma verdadeira plataforma de desenvolvimento criada em paralelo com a versão 4 do KDE.

Na filosofia Gnome, menos é mais. Isto quer dizer que o fato do usuário ter menor acesso às configurações da interface, lhe dá maior segurança contra eventuais erros na operação do sistema. Durante muito tempo, o grupo de desenvolvimento do Gnome resistiu à tentação de entregar ao usuário um controle maior das opções de configuração da interface gráfica. O nome Gnome sempre traz aos usuários mais experientes a impressão de uma interface limpa e simples; com poucas possibilidades de mudar seu tema para a área de trabalho e um conjunto enxuto de aplicativos com aspecto um tanto espartano. Ainda pode ser assim. Se você instalar a interface Gnome - que é default no Ubuntu Linux, poderá deixá-la com seu aspecto original; ou talvez mudar o papel de parede e colocar um ou outro atalho na área de trabalho para facilitar seu dia a dia.
Estou usando a versão 9.10 do Ubuntu e já descobri algumas coisas diferentes nessa filosofia. Uma delas - talvez a mais importante, é a introdução da Central de Programas Ubuntu. Trata-se de um aplicativo com opções para instalar ou desinstalar um razoavelmente vasto conjunto de programas das plataformas GTK+ (que é base do Gnome) Qt4 (que é base do KDE 4) ou mesmo Java, que é uma plataforma quase universal.

Outra possibilidade presente no Ubuntu há algum tempo é a janela de configuração dos aplicativos que se iniciam com a sessão. Gosto de colocar o Gkrellm - um monitor gráfico do sistema sobre o papel de parede. Usando o tema 'invisível', o Gkrellm fica com um aspecto muito agradável e dá algumas dicas importantes, tal como o tempo de duração da sessão que ajuda a calcular a hora de dar uma paradinha para descanso. Encontrei várias dicas para iniciar o Gkrellm com a sessão. Algumas não funcionam, outras requerem edição de arquivos de configuração do sistema. Abri então o menu Sistema, fui nas Preferências e Arquivos de Sessão. Cliquei em Adicionar, coloquei o nome do programa na primeira linha, cliquei no botão Navegar e fui até a pasta /usr/bin/ onde selecionei gkrellm. Apliquei a modificação e reiniciei o sistema. Lá está o Gkrellm, do jeito que eu gosto. O que o aplicativo faz é modificar um arquivo de configuração do sistema para incluir uma linha parecida com "exec gkrellm &". Mas isso é automatizado por um script, evitando um erro qualquer que eu poderia cometer durante a edição do arquivo. Sem falar na dificuldade de encontrar arquivos de configuração no Ubuntu. (Alguém aí já tentou mudar a configuração de vídeo no xorg.conf do Ubuntu)?

Por outro lado, o Kubuntu, ou seja, Ubuntu com KDE, ainda mostra o problema da rede wireless na minha máquina. Não consigo acessar a rede sem fio quando rodo o Kubuntu em modo live e assim venho deixando-o de lado. Lógico que poderia fuçar o sistema, tutoriais e dicas na internet, livros de Linux e acabar resolvendo o problema. Mas no fundo, o que eu quero mesmo é uma distribuição que me atenda com programas ou scripts4 em modo gráfico e consiga resolver esses pequenos problemas sem muito suor e ranger de dentes...

Antes que eu me esqueça: já é possível instalar os Google Gadgets no Ubuntu, através da Central de Programas do Ubuntu, Internet, Google Gadgets (GTK). O Gnome está mudando...


1 - GUI é a sigla em inglês para Interface Gráfica de Usuário. Normalmente é composta por uma área de trabalho onde as janelas de aplicativos podem ser abertas.

2 - widget é um "Componente de interface gráfica, une ícones e funcionalidades para realizar tarefas e facilitar a vida do usuário." Esta definição está no site www.revistacafeicultura.com.br/index.php.

3 - plasmoide é um widget específico do Plasma e agora do Desktop Plasma.

4 - script é um conjunto de linhas de comando em linguagem que pode ser lida pelo shell do sistema. O shell é o interpretador de comandos do sistema. O mais comum no Linux é o bash, ou bourne again shell; algo como um trocadilho com o significado aproximado de "o shell renascido".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

novos ares - parte 2

Importando...

Os tópicos a seguir foram publicados inicialmente no Depois Eu Penso. Agora, o lugar para falar das minhas experiências, vitórias e desavenças com o GNU/Linux será aqui.

video quase perfeito
(post publicado em 19/05/2010) - sobre a instalação de GNU/Linux no STI IS 1462.

Uma distribuição problemática.

Finalmente consegui configurar de modo bastante satisfatório uma boa distribuição GNU/Linux neste meu notebook IS 1462. Como todos os proprietários do STI IS 1462 que compraram seu notebook com GNU/Linux sabem, a distro Insigne que vem na máquina é um desastre. Podem alegar que todos os recursos do notebook funcionam bem, mas não se pode ficar com uma distribuição engessada em um Kernel antigo, rodando programas que não podem ser atualizados, quando sabemos que o GNU/Linux é um sistema em evolução constante, com programas e aplicativos também regularmente atualizados - como aliás são todos os sistemas operacionais na atualidade. Daí, a necessidade que todo dono de uma dessas máquinas tem de instalar uma distro que funcione bem e seja atualizável.

Minhas tentativas.

Na tentativa de instalar algo de bom nesta máquina, venho pesquisando fóruns e páginas sobre GNU/Linux e sobre o IS 1462, já há um bom tempo. Adquiri o bichinho há quase um ano e meio.
No princípio, as soluções eram precárias. Em alguns casos, segui fielmente as instruções e dei com os burros n'água. Pode acontecer...
Cheguei a rodar Kubuntu em live CD, com uma pequena adaptação no boot para fazer funcionar o vídeo. O Kubuntu tem um problema com a identificação e acesso à rede sem fio e tenho evitado sua instalação. Acabei me concentrando no problema do vídeo, até descobrir a solução.

O problema maior.

O grande problema com esse notebook é a placa de vídeo da Via. Seu driver para Linux não é bem desenvolvido. Quando instalamos uma distro diferente do malfadado Insigne que vem de fábrica, a placa de vídeo trava e a tela do monitor fica estranha, com um brilho misturado de cores. Um horror!! A interface gráfica simplesmente não aparece.
A solução seria usar o driver Vesa, que é suportado por quase todas as placas de vídeo. O novo problema passa a ser a resolução que se pode obter com esse driver.
O ideal nesse tamanho de monitor é usar 1280 x 800 na proporção de 16:10. Como obtê-la?

Certa vez, cheguei a instalar o Open Solaris e rodou com bom desempenho. Foi muito útil, pois tinha uma ferramenta para relacionar o hardware instalado que me ajudou a desvendar muitos segredos dessa maquininha. Mas a resolução continuava a ser problema.

A solução (quase) final.

Jamais diga que a sua solução é final. Pode haver outra mais adiante que seja melhor ainda. Porém, o que acabei de fazer me deu uma solução que posso chamar de excelente para o meu caso.

A distro que instalei por último é o Ubuntu 10.04. Forcei o driver de vídeo Vesa e consegui uma tela bem razoável. A resolução foi quase correta, com 1280 x 720, na proporção 16:9. As imagens não parecem sofrer com isso, mas as fontes ficam meio 'sujas'. O problema agora reduzia-se a conseguir passar para 1280 x 800. Isso está bem documentado no fórum do Viva o Linux. Vejam nesse Tópico.

Como eu fiz: O Ubuntu 10.04 traz outra vez um arquivo xorg.conf no diretório /etc/X11/. Apenas copiei o texto sugerido pelo ronnie e colei sobre o arquivo original. Entrei no terminal e usei o comando:

sudo gedit /etc/X11/xorg.conf

para editar o arquivo como administrador.

A resolução está perfeita. As fontes muito bem renderizadas. O 'quase' da solução é que só funciona em 2D. O driver Vesa não permite usar efeitos 3D. Mas no meu caso, isso é irrelevante.

O que me faz mais contente é poder usar uma boa distro GNU/Linux em meu notebook e fazer isso em casa ou no trabalho (temporário, mas salutar) sem me preocupar com as inseguranças das redes mais ou menos públicas.

Estou aguardando apenas acertar um probleminha com meu acesso no Viva o Linux para postar lá uma resposta ao ronnie e, claro, um agradecimento.

terça-feira, 1 de junho de 2010

novos ares - parte 1

Há algum tempo venho publicando posts sobre o GNU/Linux, com foco nas distribuições que tenho usado, nos problemas que enfrentei e nas soluções encontradas.

Por falta de um espaço próprio, vinha ocupando o meu primeiro blog, o Depois Eu Penso que na verdade, trata-se da continuação do Meu Bazar, criado lá no começo do século, em 2001.

Desde 2002, venho me familiarizando com o GNU/Linux e suas distribuições. Como era usuário do Windows 98 e a sua insegurança me assustava, resolvi tentar um alternativa segura e ao mesmo tempo estável. Comecei com o antigo Mandrake - hoje parte do Mandriva - que na época estava em sua versão 7.2. Sua interface padrão era o KDE, ainda nas versões 2.x.x. A primeira grande diferença foi o desaparecimento das telas azuis, um tanto comuns no Windows 98. Depois, tinha a vantagem de poder clicar em qualquer link sem medo de abrir um vírus. Era interessante ver uma janelinha de aviso perguntando o que fazer com um arquivo .exe ou .scr, quando abria um link apontando para alguma página aparentemente inofensiva. Isso me permite até hoje avisar aos amigos cujas máquinas estejam infectadas, principalmente pelas pragas espalhadas no orkut.

Sempre tenho uma atitude positiva em relação às novidades e com o GNU/Linux não foi diferente. Aproveitar os pontos positivos é sempre melhor que ficar chorando as dificuldades. Para essas, sempre aparecerá uma solução, pois a comunidade do software livre é ativa e rápida na sua resposta. O problema de hoje provoca a solução de amanhã, ou apenas de logo mais...

Nós, simples usuários de GNU/Linux, jamais conseguiremos agradecer o bastante a essa legião de programadores, testadores, tradutores e organizadores ligados ao software livre. Esse blog será uma pequena gota nesse imenso Muito obrigado que lhes devemos.