quarta-feira, 30 de junho de 2010

show de slides no wallpaper

Um papel de parede pode ser inspirador, como outros recursos usados na área de trabalho. Dia desses, descobri um programinha - na verdade um script criado pelos Unixmen, que faz de um conjunto de papéis de parede um show de slides. O pacote vem compactado, mas sua instalação é fácil. Para baixar o pacote clique aqui. Copiei e traduzi a descrição de como instalar o Wallpaper do site Unixmen, onde está em inglês.

Antes de instalar o programa, selecione, baixe ou crie os papéis de parede que deseja usar em seu slideshow e coloque-os em uma pasta.

Para usar o Wallpaper Slideshow :

1- Baixe Wallpaper Slideshow

2- Extraia 'wallpaper' do arquivo .tar.gz (Extraí o arquivo na pasta Desktop e sempre que vou mudar meus papéis de parede - que são calendários do mês em curso - fica mais fácil abri-lo da área de trabalho).

3- Dê um duplo clique sobre ele e clique em Run, na caixa de diálogo que aparecerá.



4- Clique no botão 'Select' e escolha a pasta onde estão as imagens que você deseja usar como papéis de parede.



4) Ajuste o tempo de exibição de cada imagem e o tempo de transição entre imagens para os valores que desejar (eu uso 15 minutos para cada imagem).

5) Clique 'OK'

Meus sinceros agradecimentos aos Unixmen por seu utilíssimo tutorial / My sincere thanks to Unixmen for this very useful tutorial.

ponteiros do mouse

Um dos itens mais importantes na aparência de um sistema operacional é o ponteiro do mouse. É para ele que olhamos a maior parte do tempo enquanto clicamos, marcamos, redimensionamos, minimizamos abrimos ou fechamos as janelas dos aplicativos.
No Gnome, as opções de ponteiros para o mouse sempre foram poucas, devido à filosofia do menos é mais, da qual já falei nesse blog.
Agora, uma mudança sutil, mas que considero importante, está tomando rumo no Gnome. As perfumarias estão cada vez mais disponíveis nos repositórios do Ubuntu.
Já na versão 9.10 atualizada que venho usando no desktop, foi possível baixar e instalar através do Synaptic os ícones Oxygen, antes disponíveis apenas no KDE. Junto com eles, instalei os temas e cursores - incluindo os coloridos. Como usei por muito tempo o KDE, desde o Mandrake, passando por Kurumin e mais recentemente o Mandriva, gosto de usar ponteiros coloridos e poder variar os temas e ícones do sistema. Uma interface gráfica de cores e temas cambiantes é mais inspiradora.
Os pacotes que possibilitam a instalação do conjunto completo com ícones, temas e ponteiros são:

oxygen-icon-theme-complete
oxygen- cursor-theme
oxygen-icon-them
oxygen-cursor-theme-extra


A versão da maioria é igual à do KDE 4.4.2.

Um pequeno problema: no Ubuntu 9.10 atualizado, tenho a impressão de que há alguma inconsistência na adaptação dos temas ao Gnome. Quando fiz a configuração para usar o cursor na cor oxy-emerald, o cursor só aparecia no espaço interno das janelas abertas. Quando era movido para as barras e bordas das janelas, voltava a ser branco como o cursor comum do Gnome. Deixei para pesquisar isso mais tarde e desliguei a máquina. Quando voltei a ligar, aconteceu algo inusitado: o cursor é de uma cor quando está na janela e onde antes era branco passou a ser oxy-black, ou seja, no tema Oxygen, mas de cor diferente da que escolhi. No Ubuntu 10.4, isso não ocorre e o cursor mantém a cor escolhida em qualquer espaço e janela em operação.

A configuração do espaço de trabalho pode ser feita com um clique direito do mouse na área de trabalho e escolhendo 'Alterar plano de fundo'. Clique em Tema e depois em Personalizar. Escolha Ícones ou Cursor e apenas clique sobre os escolhidos e já muda a configuração. Fácil, não?

terça-feira, 8 de junho de 2010

ainda linux

Publicado em 26 de março, no Depois Eu Penso.

Depois de alguns meses usando o Mandriva Linux 2010, voltei ao Ubuntu. Na verdade essa mudança tem mais a ver com a interface gráfica do que com a própria distribuição. Mandriva é KDE por default. Ubuntu é Gnome.

Em algum lugar - por certo em um artigo ou livro do mestre Morimoto, existe uma descrição bem simples das diferentes filosofias dessas GUIs1.

Para o grupo do KDE, mais é mais. Isto quer dizer que o usuário pode e deve ter acesso a inúmeras opções para personalizar do seu desktop. Na versão 4.3, atualizada no Mandriva 2010, o uso de widgets2 ou plasmoides3 é bastante útil na configuração pessoal da interface.
Depois de um começo tumultuado, o KDE 4 passou por uma fase difícil (tanto para seus desenvolvedores quanto para seus usuários), já se mostrou bastante estável e completo na versão 4.3 e teve sua versão 4.4.1 lançada no início desse mês. Nessa versão já está disponível o Plasma Desktop. Trata-se de uma espécie de GUI baseada em plasmoides. O Plasma é uma verdadeira plataforma de desenvolvimento criada em paralelo com a versão 4 do KDE.

Na filosofia Gnome, menos é mais. Isto quer dizer que o fato do usuário ter menor acesso às configurações da interface, lhe dá maior segurança contra eventuais erros na operação do sistema. Durante muito tempo, o grupo de desenvolvimento do Gnome resistiu à tentação de entregar ao usuário um controle maior das opções de configuração da interface gráfica. O nome Gnome sempre traz aos usuários mais experientes a impressão de uma interface limpa e simples; com poucas possibilidades de mudar seu tema para a área de trabalho e um conjunto enxuto de aplicativos com aspecto um tanto espartano. Ainda pode ser assim. Se você instalar a interface Gnome - que é default no Ubuntu Linux, poderá deixá-la com seu aspecto original; ou talvez mudar o papel de parede e colocar um ou outro atalho na área de trabalho para facilitar seu dia a dia.
Estou usando a versão 9.10 do Ubuntu e já descobri algumas coisas diferentes nessa filosofia. Uma delas - talvez a mais importante, é a introdução da Central de Programas Ubuntu. Trata-se de um aplicativo com opções para instalar ou desinstalar um razoavelmente vasto conjunto de programas das plataformas GTK+ (que é base do Gnome) Qt4 (que é base do KDE 4) ou mesmo Java, que é uma plataforma quase universal.

Outra possibilidade presente no Ubuntu há algum tempo é a janela de configuração dos aplicativos que se iniciam com a sessão. Gosto de colocar o Gkrellm - um monitor gráfico do sistema sobre o papel de parede. Usando o tema 'invisível', o Gkrellm fica com um aspecto muito agradável e dá algumas dicas importantes, tal como o tempo de duração da sessão que ajuda a calcular a hora de dar uma paradinha para descanso. Encontrei várias dicas para iniciar o Gkrellm com a sessão. Algumas não funcionam, outras requerem edição de arquivos de configuração do sistema. Abri então o menu Sistema, fui nas Preferências e Arquivos de Sessão. Cliquei em Adicionar, coloquei o nome do programa na primeira linha, cliquei no botão Navegar e fui até a pasta /usr/bin/ onde selecionei gkrellm. Apliquei a modificação e reiniciei o sistema. Lá está o Gkrellm, do jeito que eu gosto. O que o aplicativo faz é modificar um arquivo de configuração do sistema para incluir uma linha parecida com "exec gkrellm &". Mas isso é automatizado por um script, evitando um erro qualquer que eu poderia cometer durante a edição do arquivo. Sem falar na dificuldade de encontrar arquivos de configuração no Ubuntu. (Alguém aí já tentou mudar a configuração de vídeo no xorg.conf do Ubuntu)?

Por outro lado, o Kubuntu, ou seja, Ubuntu com KDE, ainda mostra o problema da rede wireless na minha máquina. Não consigo acessar a rede sem fio quando rodo o Kubuntu em modo live e assim venho deixando-o de lado. Lógico que poderia fuçar o sistema, tutoriais e dicas na internet, livros de Linux e acabar resolvendo o problema. Mas no fundo, o que eu quero mesmo é uma distribuição que me atenda com programas ou scripts4 em modo gráfico e consiga resolver esses pequenos problemas sem muito suor e ranger de dentes...

Antes que eu me esqueça: já é possível instalar os Google Gadgets no Ubuntu, através da Central de Programas do Ubuntu, Internet, Google Gadgets (GTK). O Gnome está mudando...


1 - GUI é a sigla em inglês para Interface Gráfica de Usuário. Normalmente é composta por uma área de trabalho onde as janelas de aplicativos podem ser abertas.

2 - widget é um "Componente de interface gráfica, une ícones e funcionalidades para realizar tarefas e facilitar a vida do usuário." Esta definição está no site www.revistacafeicultura.com.br/index.php.

3 - plasmoide é um widget específico do Plasma e agora do Desktop Plasma.

4 - script é um conjunto de linhas de comando em linguagem que pode ser lida pelo shell do sistema. O shell é o interpretador de comandos do sistema. O mais comum no Linux é o bash, ou bourne again shell; algo como um trocadilho com o significado aproximado de "o shell renascido".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

novos ares - parte 2

Importando...

Os tópicos a seguir foram publicados inicialmente no Depois Eu Penso. Agora, o lugar para falar das minhas experiências, vitórias e desavenças com o GNU/Linux será aqui.

video quase perfeito
(post publicado em 19/05/2010) - sobre a instalação de GNU/Linux no STI IS 1462.

Uma distribuição problemática.

Finalmente consegui configurar de modo bastante satisfatório uma boa distribuição GNU/Linux neste meu notebook IS 1462. Como todos os proprietários do STI IS 1462 que compraram seu notebook com GNU/Linux sabem, a distro Insigne que vem na máquina é um desastre. Podem alegar que todos os recursos do notebook funcionam bem, mas não se pode ficar com uma distribuição engessada em um Kernel antigo, rodando programas que não podem ser atualizados, quando sabemos que o GNU/Linux é um sistema em evolução constante, com programas e aplicativos também regularmente atualizados - como aliás são todos os sistemas operacionais na atualidade. Daí, a necessidade que todo dono de uma dessas máquinas tem de instalar uma distro que funcione bem e seja atualizável.

Minhas tentativas.

Na tentativa de instalar algo de bom nesta máquina, venho pesquisando fóruns e páginas sobre GNU/Linux e sobre o IS 1462, já há um bom tempo. Adquiri o bichinho há quase um ano e meio.
No princípio, as soluções eram precárias. Em alguns casos, segui fielmente as instruções e dei com os burros n'água. Pode acontecer...
Cheguei a rodar Kubuntu em live CD, com uma pequena adaptação no boot para fazer funcionar o vídeo. O Kubuntu tem um problema com a identificação e acesso à rede sem fio e tenho evitado sua instalação. Acabei me concentrando no problema do vídeo, até descobrir a solução.

O problema maior.

O grande problema com esse notebook é a placa de vídeo da Via. Seu driver para Linux não é bem desenvolvido. Quando instalamos uma distro diferente do malfadado Insigne que vem de fábrica, a placa de vídeo trava e a tela do monitor fica estranha, com um brilho misturado de cores. Um horror!! A interface gráfica simplesmente não aparece.
A solução seria usar o driver Vesa, que é suportado por quase todas as placas de vídeo. O novo problema passa a ser a resolução que se pode obter com esse driver.
O ideal nesse tamanho de monitor é usar 1280 x 800 na proporção de 16:10. Como obtê-la?

Certa vez, cheguei a instalar o Open Solaris e rodou com bom desempenho. Foi muito útil, pois tinha uma ferramenta para relacionar o hardware instalado que me ajudou a desvendar muitos segredos dessa maquininha. Mas a resolução continuava a ser problema.

A solução (quase) final.

Jamais diga que a sua solução é final. Pode haver outra mais adiante que seja melhor ainda. Porém, o que acabei de fazer me deu uma solução que posso chamar de excelente para o meu caso.

A distro que instalei por último é o Ubuntu 10.04. Forcei o driver de vídeo Vesa e consegui uma tela bem razoável. A resolução foi quase correta, com 1280 x 720, na proporção 16:9. As imagens não parecem sofrer com isso, mas as fontes ficam meio 'sujas'. O problema agora reduzia-se a conseguir passar para 1280 x 800. Isso está bem documentado no fórum do Viva o Linux. Vejam nesse Tópico.

Como eu fiz: O Ubuntu 10.04 traz outra vez um arquivo xorg.conf no diretório /etc/X11/. Apenas copiei o texto sugerido pelo ronnie e colei sobre o arquivo original. Entrei no terminal e usei o comando:

sudo gedit /etc/X11/xorg.conf

para editar o arquivo como administrador.

A resolução está perfeita. As fontes muito bem renderizadas. O 'quase' da solução é que só funciona em 2D. O driver Vesa não permite usar efeitos 3D. Mas no meu caso, isso é irrelevante.

O que me faz mais contente é poder usar uma boa distro GNU/Linux em meu notebook e fazer isso em casa ou no trabalho (temporário, mas salutar) sem me preocupar com as inseguranças das redes mais ou menos públicas.

Estou aguardando apenas acertar um probleminha com meu acesso no Viva o Linux para postar lá uma resposta ao ronnie e, claro, um agradecimento.

terça-feira, 1 de junho de 2010

novos ares - parte 1

Há algum tempo venho publicando posts sobre o GNU/Linux, com foco nas distribuições que tenho usado, nos problemas que enfrentei e nas soluções encontradas.

Por falta de um espaço próprio, vinha ocupando o meu primeiro blog, o Depois Eu Penso que na verdade, trata-se da continuação do Meu Bazar, criado lá no começo do século, em 2001.

Desde 2002, venho me familiarizando com o GNU/Linux e suas distribuições. Como era usuário do Windows 98 e a sua insegurança me assustava, resolvi tentar um alternativa segura e ao mesmo tempo estável. Comecei com o antigo Mandrake - hoje parte do Mandriva - que na época estava em sua versão 7.2. Sua interface padrão era o KDE, ainda nas versões 2.x.x. A primeira grande diferença foi o desaparecimento das telas azuis, um tanto comuns no Windows 98. Depois, tinha a vantagem de poder clicar em qualquer link sem medo de abrir um vírus. Era interessante ver uma janelinha de aviso perguntando o que fazer com um arquivo .exe ou .scr, quando abria um link apontando para alguma página aparentemente inofensiva. Isso me permite até hoje avisar aos amigos cujas máquinas estejam infectadas, principalmente pelas pragas espalhadas no orkut.

Sempre tenho uma atitude positiva em relação às novidades e com o GNU/Linux não foi diferente. Aproveitar os pontos positivos é sempre melhor que ficar chorando as dificuldades. Para essas, sempre aparecerá uma solução, pois a comunidade do software livre é ativa e rápida na sua resposta. O problema de hoje provoca a solução de amanhã, ou apenas de logo mais...

Nós, simples usuários de GNU/Linux, jamais conseguiremos agradecer o bastante a essa legião de programadores, testadores, tradutores e organizadores ligados ao software livre. Esse blog será uma pequena gota nesse imenso Muito obrigado que lhes devemos.